Segundo pesquisa realizada pela consultoria KPMG (2023), 76% das empresas brasileiras já incluem as práticas ESG em suas estratégias de negócio. A pesquisa também aponta que as empresas que adotam medidas sustentáveis têm mais chances de conquistar a preferência do consumidor, uma vez que os clientes estão cada vez mais conscientes em relação aos impactos ambientais e sociais das empresas.
Há quem considere a ESG e até mesmo a sustentabilidade uma moda ou apenas uma nova tendência passageira. Porém, quando analisamos os problemas, desafios e os comportamentos de consumo e dos investidores mundiais relacionados as práticas ambientais, sociais e econômicas, sinalizam que é um caminho sem volta, onde as empresas e demais organizações são demandadas para reverem suas práticas e torná-las mais sustentáveis e inovadoras.
Vários desastres naturais ou por imprudência e falta de gerenciamento adequados dos riscos, vem acontecendo no Brasil e no mundo ao longo da história. Esses eventos começaram a influenciar os investidores e instituições financeiras a adotarem exigências maiores do que até então eram exigidas pela responsabilidade social corporativa e a própria sustentabilidade.
Em 2020, a carta escrita pelo influente Larry Fink da BlackRock aos CEOs, afirmando que os riscos de investimento apresentados pelas alterações climáticas e seu impacto profundo na precificação do risco e dos ativos em todo o mundo, e que a sustentabilidade deve ser o novo padrão de investimento, caiu como uma bomba! No Brasil, seguindo essa influência global e associados principalmente ao rompimento das barragens e outros escândalos, o fundo soberano na Noruega e outros fundos internacionais deixaram de investir em empresas brasileiras.
Mas, afinal o que significa ESG?
O termo ficou conhecido a partir de 2004, por meio de uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins (em português, “quem se importa ganha”). Surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. O ano de origem é incerto, mas relatos apontam que a partir de Década de 60, começou a despertar o interesse do mercado financeiro por empresas mais responsáveis, me relação aos seus impactos.
O ESG, sigla em inglês que corresponde às práticas ambientais (E, de environmental), sociais (S, de social) e de governança (G, de governance) e não deve ser confundido com responsabilidade social corporativa ou com a área de sustentabilidade.
Neste contexto, o Fórum Econômico Mundial e demais organismos mundiais tem intensificado o acompanhamento dos riscos globais. A Pesquisa de Percepção dos Riscos Globais de 2022-2023 do Fórum Econômico Mundial, apresenta a seguir os Riscos globais classificados por gravidade no curto e longo prazo.
Pode-se identificar na figura as questões ambientais e sociais impactando drasticamente a economia, sendo essa a principal preocupação dos países, pois sem uma economia saudável e próspera, dificilmente a dimensão social será bem desenvolvida e o meio ambiente infelizmente pagará a conta, e em última instância todos nós.
O investimento com foco em ESG, além do retorno financeiro, busca também, em primeira instância, mitigar riscos ambientais, sociais e de governança para proteger valor, ou ainda, adotar práticas positivas nestes três âmbitos, para aumentar seu valor. (QUINTESSA, 2021). Assim, dentre outros conceitos, entende-se que a ESG está centrada nos interesses e exigências dos Investidores (Bancos, Fundos, Seguradoras, etc.), na Gestão dos riscos ESG que impactam o resultado financeiro e a criação ou destruição de valor da empresa (ROCHE, 2023).
Diante disso, padrões, diretrizes e critérios ESG estão a cada dia tornando-se mais rigorosos. O PRI (Princípios do Investimento Responsável), que hoje possui milhares de instituições financeiras como signatários, inclusive no Brasil, assim como os Princípios de Equador, Padrões de desempenho do IFC, estão sendo adotados por exemplo pelos Bancos, e padrões e frameworks como GRI, SASB, TCFD, CDP, dentre outros, uma verdadeira sopa de letrinhas, também integram esse grande movimento mundial com a finalidade principal de Gestão dos riscos e dos custos do capital, mas também contribuem de forma responsável, sustentável e acima de tudo ética para o desenvolvimento.
Mas, o que isso tem a ver com as empresas e startups?
Bom, considerando o cenário atual, os bancos, seguradoras e investidores para emprestarem ou investirem recursos em empresas e startups, estão exigindo cada vez mais critérios e métricas mais rigorosas relacionados a ESG. Sob uma outra perspectiva, as grandes e médias empresas começam a exigir também de seus fornecedores práticas ESG para atenderem as exigências de acionistas e investidores, neste momento surgem os desafios e as oportunidades.
Globalmente são US$ 35 trilhões (R$ 165,9 trilhões) em ativos que estão sob gestão de fundos ESG, 36% do total, segundo a Global Sustainable Investment Alliance. No relatório ESG Radar 2023 da consultoria e serviços digitais Infosys, o estudo afirma que os investimentos em ESG nas organizações devem chegar a US$ 53 trilhões até o ano de 2025, um terço dos ativos globais sob gestão. As Bolsas do Mercado financeiro mundial e brasileiro (B3) estão atentar a esse movimento global, inclusive existem Índices distintos, relacionados a sustentabilidade e Índices associados a critérios e métricas ESG.
O ESG Report 2023 realizado pelo Distrito apresentado a seguir, é o resultado do mapeamento de startups que estão ajudando nosso país a se tornar melhor e mais sustentável, dentro dos critérios ESG. Os números demonstram à importância da pauta, são quase US$ 2,5 bilhões investidos nas 950 startups existentes que possuem soluções voltadas para práticas ESG, demostrando um crescimento de mercado em relação aos anos anteriores. Para quem ainda não está familiarizado com as Startups, Steve Blank a define como “uma organização temporária em busca de um modelo de negócios repetível e escalável”, voltada a promover impactos significativos para as pessoas e sociedade.
Eu por exemplo, fui convidado este mês para ser avaliador em uma Banca de Pitch (apresentação) de negócios, para a avaliação das startups focadas em ESG, além disso, temos sido muito demandados por empresas e desenvolvido a partir da i-KOA Inovação & Transformação, consultorias e capacitações em ESG e Sustentabilidade que tem ajudado as empresas e startups a avançarem na adoção e implantação em seus negócios e não ficarem para trás.
Uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG, “76% das empresas brasileiras já incluem as práticas ESG em suas estratégias de negócio. A pesquisa também aponta que as empresas que adotam medidas sustentáveis têm mais chances de conquistar a preferência do consumidor, uma vez que os clientes estão cada vez mais conscientes em relação aos impactos ambientais e sociais das empresas” (KPMG, 2023).
Existem muitos desafios relacionados a implantação da ESG, mas também muitas oportunidades de negócios para as empresas de todos os portes/segmentos e para as Startups! E, VOCÊ, E SUA EMPRESA OU STARTUP, VAI FICAR DE FORA DESTA TENDÊNCIA QUE JÁ VIROU REALIDADE?
Estamos à disposição para lhe ajudar. ENTREM EM CONTATO!
Publicado no LinkendIn e na sua coluna Inovação & Sustentabilidade no Portal SCTodoDia
Fabrício Attanásio
Idealizador da i-KOA Inovação & Transformação. Administrador, Professor Universitário e Consultor sênior, também faz parte do time de experts e parceiros i-KOA, CONHEÇA! Vamos JUNTOS acelerar a transformação das pessoas e organizações para práticas e resultados mais inovadores e sustentáveis, porque acreditarmos que isso pode mudar o mundo para melhor.