
Vivemos em um mundo em constante movimento, onde nossos sonhos e metas estão sempre à frente, nos chamando para um desafio constante. Porém, nem sempre é fácil alcançar o que desejamos. Muitas vezes, nos vemos perdendo o ânimo, deixando para trás nossas ambições e desistindo dos nossos objetivos.
É verdadeiramente surpreendente a quantidade de pessoas que desistem daquilo que almejavam. Todos nós passamos por esta vida com aspirações de crescimento, buscando melhorias e almejando patamares mais elevados. No entanto, em determinados momentos, parece que não conseguimos atingir essas metas e acabamos desiludidos com nossos próprios sonhos. Infelizmente, muitos optam por abandonar por completo a luta pelo que decidiram fazer.
As razões para desistir são variadas e complexas. Medo, insegurança, acomodação, erros do passado, crenças equivocadas e a pressa pelos resultados podem ser alguns dos fatores que contribuem para essa decisão. Entretanto, o que mais preocupa é quando as pessoas começam a justificar sua falta de vontade de buscar seus sonhos, por conta dos problemas que enfrentam. Afinal, quem não enfrenta problemas?
Observo um ponto comum entre aqueles que desistem: a distorção da visão de vida e dos acontecimentos. Isso as leva a um ciclo de desculpas em vez de soluções. Essas pessoas param de ousar, de se arriscar e criam justificativas para cada vez que algo dá errado. A maioria não assume a responsabilidade, atribuindo-a a alguém ou algo, como a situação econômica, a política ou até mesmo o destino.
Elas caem na rotina do conformismo, que as impede de fazer qualquer mudança. Se contentam em sofrer, em aceitar menos, sem perceber que se conformar com isso se torna a realidade cotidiana, levando-as, em algum momento, a desistir daquilo que merecem.
Muitos enraízam crenças errôneas que aprenderam, considerando-as inquestionáveis e imutáveis. Em vez de buscar maneiras de fazer dar certo, encontram explicações para tudo que dá errado.
Outra questão comum é que as pessoas desistem devido à ruminação excessiva do passado. Os erros se tornam cristalizados, tornando-as inflexíveis diante da possibilidade de um erro ser uma lição. É importante entender que errar é humano, e o verdadeiro erro é não aprender com as experiências.
Notadamente, aqueles que abandonam seus projetos e engavetam seus sonhos muitas vezes não sabem valorizar o que já conquistaram. Estão sempre de olho no que os outros possuem, naquilo que lhes falta. Dizem que fariam mais se tivessem mais, sem perceber que o sucesso e a felicidade vêm de fazer mais com o que se tem.
Pulam de galho em galho profissionalmente, sem perceber que o problema não é o lugar onde estão, mas sim a falta de resultados consistentes e a valorização do que possuem. A gratidão pelo que já possuem é fundamental para o progresso. A ingratidão gera amargura e afasta as pessoas.
Esse ciclo vicioso de desculpas, medos e convicções erradas acaba retroalimentando o processo, tornando a pessoa cada vez mais isolada e impotente. O ciclo de desistência se completa, e sempre recomeça. É profundamente triste, mas funciona dessa maneira, como uma engrenagem que impulsiona para o insucesso e para a infelicidade, embora seja o que as pessoas menos desejam para suas vidas.
Devemos compreender que entre o “continuar” e o “parar” existe o “descansar”, e que isso não é ruim. Este conceito serve para várias áreas da vida, como empresas, relacionamentos e aprimoramento pessoal.
Lembre-se: entre o começar e o terminar, existem muitos estágios. Não há satisfação plena o tempo todo, então respire e reflita antes de desistir.

Katiane Vieira
Escritora, Treinadora, Palestrante e Administradora. Katiane faz parte do time de experts e parceiros i-KOA, CONHEÇA! Vamos JUNTOS acelerar a transformação das pessoas e organizações para práticas e resultados mais inovadores e sustentáveis, porque acreditarmos que isso pode mudar o mundo para melhor.